sábado, 20 de fevereiro de 2010

O nome que diz...


Não diga o que quiser, apenas pronuncie o nome... Deixe que ele escorra da sua boca, involuntariamente... Que seja natural, sobrenaturalmente, com a língua em transe. Permita que ele encontre meus ouvidos... Cante esta palavra que se faz só nossa, que me traz seu rosto, suas mãos, seu cheiro... Sua alma... O nome que é você através do som dos seus lábios. Que seja ouvido ao adormecer como uma canção de ninar, ao acordar como o canto matinal dos pássaros, ao meio-dia como afago no meio da agitação cotidiana... Enquanto... Durante... Sempre... Que meu nome se una ao seu e que ambos se apaixonem, provoquem um ao outro, que queiram fazer amor... Que façam amor... Que nasça disso um filho, um novo nome: Deleite/Eternidade... E ainda que você não esteja mais aqui, mesmo que seja dura a lembrança, não importa, restará algo: o nome... Aquele que infinitamente diz...
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