domingo, 7 de fevereiro de 2010

A caixinha...


Aqui estão vocês, possuidores de tudo aquilo que chamam de racionalidade. Agora, abra-se a caixa. Seria melhor que permanecesse fechada. Querem que continue aberta? Podem fechá-la? Ela é pequena demais para dela sair muita coisa, mas é assustadoramente grande para que nela habitem aqueles que por ela entram. Assim, a surpresa não está no que dela sai, e sim naquilo que por ela entra. Não, ela não é uma espécie de buraco negro, que compulsoriamente captura o que está ao seu redor, aprisionando no mistério seus objetos. Os que na caixa entram o fazem porque querem, e saem se quiserem. Resta saber se vão querer sair. Apenas uma dica: enquanto espiam o interior da caixa, vocês devem saber que seus corpos ficam do lado de fora, mas seus pensamentos vagarão por entre as surpreendentes trilhas deste ínfimo, porém infinito mundo. Ouçam a melodia... Ouçam os outros sons que a ela se unem... São eles, todos eles... Antes eram três, depois, quatro, cinco... Ouçam! É por ali que passa a harmonia, pelas sendas que só se mostram à penumbra, e aqueles que por elas caminham têm a sensação crepuscular, embora sempre vejam o nascer de um sol. Ouçam e caminhem... e pensem. Abre-se a caixa... surrealista...
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