sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A madrasta malvada


Quando eu era pequeno, ganhei uma coleção de livros infantis, que se não me engano, chamava-se “A escada das virtudes” – ou mais ou menos isso. Uma historieta que me recordo é a “Madrasta malvada”. Ela falava de uma menininha que recebeu a ordem da mãe, que havia feito um pote de cookies, para que comesse só um após as refeições. No entanto, a bela garotinha não se agüentava, e entre os períodos da recomendação, comia um ou dois sorrateiramente. A mãe, esperta que era, logo descobriu que o esvaziamento do pote não condizia com a lógica da moderação. Como castigo, sentou sua filha no sofá e começou a contar: “Havia uma garotinha, parecida com a cinderela, a qual a madrasta sempre mandava mexer o leite fresco, ordenhado pela manhã, até que coalhasse. Porém, à medida que o coalho se fazia, vinha a mulher maldosamente e entornava outro tanto de leite. E assim fazia todos os dias da semana, sem se importar com o cansaço da enteada.” Enfurecida, a menina reprovou calorosamente a megera, ao que a mãe respondeu: “Pois é querida, a madrasta é você e a garotinha é seu estômago. Às vezes, ele precisa de um merecido descanso, o que tem como consequência bons hábitos e disciplina.” A criança sorriu e entendeu a lição. Lembro-me que após ter lido a história, deu-me uma vontade de comer cookies quentinhos com queijo minas... Uma boa receita não faria mal agora.
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