terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Antologias de um esquecido...


Aos que detestam... Simplesmente
Durante o dia, não maldiga o sol louvando a sombra;
Sem o sol, a sombra nada é;
Sem a luz, a escuridão tudo é;
Assim, não amaldiçoe o sol, apenas ame as árvores...

Não se indigne pela noite porque torna difícil o caminhar;
Sem escuridão, não há lugar para os pequenos brilhos;
Desconhecidas seriam as estrelas da madrugada;
Alegre-se em caminhar entre muitas;
Elas também iluminarão a caminhada...

Aos que esperam a poesia...
Ouça o ritmo, dance ao seu compasso em pisadas duras ou macias;
Veja a dança suave entre a rima e a métrica;
Rejubile-se com a salubridade das regras;
Suba a montanha das eras...
Porém, só habite entre mim se amar as palavras,
Ainda que não sejam poesia, ainda que sejam só poéticas.
Viva em minha casa,
Mesmo que não mais haja mais o ritmo, a rima, a métrica, as regras...
Colocaremos na porta uma placa:
Na casa dos sem poesia moram os que esperam pelos poetas...
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